quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os "comos", os "para quês" e os "porquês" do ensino de língua materna na contemporaneidade



Qualquer um que opte por seguir a carreira do magistério sabe de todas as dificuldades, todos os desafios que o professor enfrenta. A profissão, mesmo sendo um dos pilares indispensáveis da sociedade, não recebe mais o reconhecimento de outrora. Perdeu-se o respeito pelo professor, não mais existe a admiração, o orgulho. Há também a difícil relação professor-aluno, que, na maioria das vezes, se dá de forma complicada e instável. Isso para não mencionar o salário, o que, com certeza, é o que mais me desmotiva.

Mas cá estou eu, num dos melhores cursos de Formação de Professores do país. E por quê? Por que, diante dos fatos acima? Admito que, depois que iniciei o curso, minha concepção sobre os professores mudou. Não que antes não existisse um respeito da minha parte, mas isso tornou-se ainda mais sólido agora. Devido a algumas excelentes experiências com professores igualmente excelentes, pôde ficar claro como a relação entre esses dois seres tão distintos pode funcionar bem, como eles podem coexistir e lapidar uma relação de mutualismo baseada na troca de conhecimentos, sabedoria, opiniões, experiências de vida.

Um professor transforma o aluno. Ele o prepara para uma sociedade e lhe dá sustentabilidade e discernimento para assumir seu papel de cidadão. Ele o mune de uma série de instrumentos para que seja construído um comportamento individual que, em escala massiva, pode mudar o mundo. Acho que esse é o maior motivo pelo qual fui de uma opinião à outra num período de pouco mais de um ano nesta universidade. De forma involuntária e quase imperceptível, passei a enxergar essa belíssima profissão com outros olhos. Mudei conceitos, opiniões, fui parte dessa mudança. Como todos os outros alunos, eu também fui transformado.

Por meio do curso de Letras, o professor ganha o dom de desempenhar o seu papel com base em várias linguagens, sejam elas plásticas ou linguísticas, em um idioma materno ou estrangeiro. É possível que o professor inspire aqueles que serão o futuro, e, por intermédio de sua própria perspectiva, exerça mudanças que serão vistas e desencadeadas futuramente, de forma gradativa, mas com êxito. Estímulo maior do que esse? Não me ocorre nenhum.

Lorhan Ferreira (aluno do 4º período do curso de Português-Inglês/UERJ)

2 comentários:

  1. Amei. Lorhan sempre arrasando. Mas, a gente não é do 3º período? hahaha. Fica a pergunta... =)

    ResponderExcluir
  2. Valeeeu, Ana! E é, acho que ele se confundiu. Haha

    ResponderExcluir