quinta-feira, 28 de abril de 2011

LIGA DA JUSTIÇA


Diante de problemas do mundo atual, como desemprego, fome, violência, cresce a necessidade de um novo super-herói, moderno, bem preparado, que traga a solução dos problemas e, principalmente, faça tudo por amor, sem esperar nada em troca.

Idealizar uma pessoa para mudar o mundo desta forma parece uma utopia, porém, há quem possa salvar o planeta, quando preparar o terreno, plantar a semente, regar a muda e ver nascer uma bela árvore de onde serão colhidos deliciosos frutos. A profissão de educador é bem mais que um meio de transmissão de conhecimento, é uma tarefa de amor ao próximo, pela qual se deve entregar por inteiro, com equilíbrio e inteligência emocional para perceber o olhar faminto de aprendizagem.

A sociedade, desde cedo, prega que estudar é chato, cansativo, uma obrigação a cumprir, o que leva o aluno ao desinteresse pelos estudos. Nessa hora, entra a principal função do professor: reverter este quadro e desenvolver no aluno valores humanos, indispensáveis à sua formação.

Escola vai além de um lugar onde se aprende a ler e escrever, é nela que se formam os cidadãos do futuro. Faz-se necessária uma boa formação dos "Batmans" e "Mulheres-maravilha", para que estes possam contribuir com o futuro da nação.


Marcela Ferreira Magalhães (aluna do 1º período do curso de Português-Literaturas/UERJ)

Os "comos", os "para quês" e os "porquês" do ensino de língua materna na contemporaneidade



Qualquer um que opte por seguir a carreira do magistério sabe de todas as dificuldades, todos os desafios que o professor enfrenta. A profissão, mesmo sendo um dos pilares indispensáveis da sociedade, não recebe mais o reconhecimento de outrora. Perdeu-se o respeito pelo professor, não mais existe a admiração, o orgulho. Há também a difícil relação professor-aluno, que, na maioria das vezes, se dá de forma complicada e instável. Isso para não mencionar o salário, o que, com certeza, é o que mais me desmotiva.

Mas cá estou eu, num dos melhores cursos de Formação de Professores do país. E por quê? Por que, diante dos fatos acima? Admito que, depois que iniciei o curso, minha concepção sobre os professores mudou. Não que antes não existisse um respeito da minha parte, mas isso tornou-se ainda mais sólido agora. Devido a algumas excelentes experiências com professores igualmente excelentes, pôde ficar claro como a relação entre esses dois seres tão distintos pode funcionar bem, como eles podem coexistir e lapidar uma relação de mutualismo baseada na troca de conhecimentos, sabedoria, opiniões, experiências de vida.

Um professor transforma o aluno. Ele o prepara para uma sociedade e lhe dá sustentabilidade e discernimento para assumir seu papel de cidadão. Ele o mune de uma série de instrumentos para que seja construído um comportamento individual que, em escala massiva, pode mudar o mundo. Acho que esse é o maior motivo pelo qual fui de uma opinião à outra num período de pouco mais de um ano nesta universidade. De forma involuntária e quase imperceptível, passei a enxergar essa belíssima profissão com outros olhos. Mudei conceitos, opiniões, fui parte dessa mudança. Como todos os outros alunos, eu também fui transformado.

Por meio do curso de Letras, o professor ganha o dom de desempenhar o seu papel com base em várias linguagens, sejam elas plásticas ou linguísticas, em um idioma materno ou estrangeiro. É possível que o professor inspire aqueles que serão o futuro, e, por intermédio de sua própria perspectiva, exerça mudanças que serão vistas e desencadeadas futuramente, de forma gradativa, mas com êxito. Estímulo maior do que esse? Não me ocorre nenhum.

Lorhan Ferreira (aluno do 4º período do curso de Português-Inglês/UERJ)

O ENSINO CONSCIENTE


Muitas disciplinas são mal vistas pelos alunos. A Matemática, a Física, a Geografia e uma série de outras matérias escolares podem ser classificadas por qualquer nome ruim, mas todos entendem que elas têm aplicações práticas na vida. O problema é que a maioria não vê o mesmo acontecer com a língua materna.

A língua portuguesa é aplicada nas instituições de ensino como um conjunto de regras do uso formal do idioma, porém, isso escapa à realidade do estudante que não fala “tu és” e muito menos usa o pronome pessoal “vós”. Contudo, o erro não está no objeto de estudo, e sim no método pelo qual é ensinado, pois os educadores dessa área devem ter o propósito de formar cidadãos críticos, capazes de pensar por meio da linguagem.

Com as aulas de português, o aluno deve desenvolver a capacidade de entender variados gêneros e tipos de textos, além de aprimorar sua habilidade de escrita, de fala e de escuta para dar prosseguimento aos estudos fora da escola ou para a inserção no mercado de trabalho. Por isso, é necessário que os professores mostrem em sala de aula textos que circulem em diferentes meios sociais e a reflexão sobre eles, incluindo produção de redações e uma revisão e reelaboração delas, atividades que podem ser realizadas em grupo, por meio de uma dinâmica.

Por intermédio de tarefas como essas, os educadores de língua portuguesa podem mostrar que a disciplina tem o seu valor e sua razão de existir em meio a uma sociedade que não reconhece sua importância.

Bárbara Sapucaia (aluna do 2º período do curso de Português-Literaturas/UERJ)